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Luz e Sombra - Parte I

  • Clarinha
  • 24 de abr. de 2018
  • 3 min de leitura

Capítulo I - Helenore Brilhaurora


Eu fui a última filha da família Brilhaurora a nascer, meus pais residiam na Floresta do Canto Eterno, bem próximo à Lua Prata e íamos constantemente à cidade para feiras e eventos. Minha irmã, Belanore, já era bem mais velha que eu e morava mais ao norte, na ilha de Quel’danas. Era uma brilhante sacerdotisa e havia se mudado para perto da Nascente do Sol com o fim de facilitar seus estudos.


Tínhamos mais uma irmã, Elsinore, da qual meus pais pouco falavam, acho que Belanore tinha por volta de 25 anos quando ela nasceu. Pelo pouco que ouvi, Elsinore tinha um gênio difícil e logo depois que atingiu a maturidade, houve uma briga muito séria entre ela e meus pais, e ela fugiu. Acredito que nunca mais tiveram notícias suas.


Talvez seja por isso que Bela ficou tão próxima de mim, tinha medo que eu fugisse também, mas a verdade é que eu amava Bela e nossa conexão era tão forte, que eu sofria muito com a sua falta. Eu ansiava por cada uma das datas comemorativas, pois era quando nos encontrávamos. Ou eu e meus pais viajávamos para o norte ou minha irmã vinha até Lua Prata.


Eu tinha total admiração por Bela e desejava seguir seus passos como sacerdotisa da Nascente do Sol. Meus pais sempre foram muito amorosos e dedicados comigo, mas o laço que minha irmã e eu dividíamos era muito mais forte e poderoso. As despedidas sempre eram difíceis entre nós duas.


Bela era, para mim, a elfa mais linda de toda Quel'thalas. Seus olhos azuis e seus cabelos dourados dividiam, ambos, um brilho pálido que transmitia nada além de serenidade. Seu jeito e empatia para com os outros só fazia com que Bela fosse ainda mais querida e admirada. Ela arrancava suspiros por onde quer que passasse.


Por várias vezes Belanore pediu para que minha mãe me deixasse ir com ela, mas a resposta era sempre a mesma: “Tenham calma vocês duas, assim que Helenore completar 15 anos poderá ir. Não entendo essa pressa de vocês duas diante da eternidade à frente.”, ela respondia sorrindo.


Até o meu décimo quinto aniversário parecia que uma era havia se passado, tamanha era a minha vontade de ir viver com a minha irmã e tê-la ao meu lado todos os dias e não apenas nos feriados.


Naquele mês em que finalmente completaria a idade limite imposta pela minha mãe, estávamos nos correspondendo como nunca e planejando várias coisas. Minha mala estava feita, meu quarto havia sido completamente esvaziado, já havia me despedido dos meus pais, mas Bela não chegava para me buscar, a noite caiu e eu fui dormir decepcionada e preocupada.


No dia seguinte acordei com os meus pais me dando parabéns pelo meu aniversário, mas não consegui corresponder ao entusiasmo deles e resolvi sair para uma volta na floresta enquanto me questionava se algo teria acontecido à minha irmã ou se ela simplesmente havia mudado de ideia.


Dei longas voltas pela floresta até que encostei perto da minha árvore predileta e deitei no chão de grama. Parte da minha visão era o céu e parte a copa da árvore. A paisagem era maravilhosa e o clima sempre agradável e sereno me ajudavam a ficar calma e pensar. Logo a preocupação foi passando.


Perto da hora do almoço voltei pra casa e assim que abri a porta, quase morri de susto com o grito que recebi em resposta: “SURPRESA!”, meus pais e minha irmã gritaram ao me ver. Eu comecei a chorar de alegria quando a vi, e minha irmã me abraçou, fazendo com que seus longos cabelos de um pálido dourado caíssem em meu rosto. “Achou que eu não viria para o seu aniversário, pequena?”.


Minha mãe havia preparado um banquete em comemoração, e comemos e rimos como nunca antes havíamos feito. No final daquela semana meu tão aguardado sonho se realizou e me despedi dos meus pais para, finalmente, viajar com Bela até a Ilha de Quel’danas.


Minha irmã morava numa espécie de alojamento com outros sacerdotes, o lugar todo era lindo e emanava a mais pura energia. Me instalei no quarto dela, onde agora haviam duas camas, mas nem tive tempo de arrumar minha coisas, porque logo em seguida fui levada por ela para conhecer o restante do lugar me apresentar ao alto sacerdote, a fim de dar início aos meus estudos...


Continua...


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